Em menos de noventa anos, os ecossistemas conhecerão uma falência irreversível, diz estudo. |
Um estudo publicado pela renomada revista Nature mostrou que muitas mudanças de fato estão acontecendo.
Afetado pelas degradações do homem, o meio ambiente estará chegando no limite já em 2100. Colocando em outras palavras: em menos de noventa anos, os ecossistemas conhecerão uma falência irreversível, anunciando o fim do planeta. Parece que está longe, mas, pensando no ponto de vista da vida em evolução, o que há de se esperar daqui por diante o que nossos descendentes vão ver no futuro da humanidade.
Para os 22 cientistas que assinam o artigo Approaching a state-shift in Earth’s biosphere, analisando a perda da biodiversidade e as bruscas mudanças climáticas, o estudo mostrou que quase a metade dos climas conhecidos hoje no planeta estariam perto de desaparecer, sendo substituídos, entre 12% e 39% da superfície do globo, por condições nunca antes vistas pelos organismos vivos. Como as mudanças aconteceriam de forma brutal, os ecossistemas não conseguiriam se adaptar.
Mudanças sempre aconteceram no planeta. O que diferenciaria a situação atual, no entanto, é que elas não estariam ocorrendo por catástrofes naturais, como a alteração da composição do oceano e da intensidade do Sol, e sim pela pressão dos mais de sete bilhões de habitantes, que chegarão a nove bilhões em 2050.
“Na época em que o planeta passou do período glacial para o atual, interglacial, mudanças biológicas das mais extremas apareceram em apenas mil anos. Na escala da Terra, é como passar do estado de bebê à idade adulta em menos de um ano. O problema é que o planeta está mudando ainda mais rápido agora, explica Arne Moers, co-autora do estudo e professora de biodiversidade na Universidade Simon Fraser de Vancouver. A pesquisadora continua: “O planeta não possui a memória de seu estado precedente. Tomamos um risco enorme ao modificar o equilíbrio radioativo da Terra: mudar brutalmente um sistema climático para um novo estado de equilíbrio no qual os ecossistemas e nossas sociedades serão incapazes de se adaptar. (…) O próximo passo poderá ser extremamente destruidor para o planeta. Uma vez que o limite crítico for ultrapassado, será impossível voltar atrás”.
Afetado pelas degradações do homem, o meio ambiente estará chegando no limite já em 2100. Colocando em outras palavras: em menos de noventa anos, os ecossistemas conhecerão uma falência irreversível, anunciando o fim do planeta. Parece que está longe, mas, pensando no ponto de vista da vida em evolução, o que há de se esperar daqui por diante o que nossos descendentes vão ver no futuro da humanidade.
Para os 22 cientistas que assinam o artigo Approaching a state-shift in Earth’s biosphere, analisando a perda da biodiversidade e as bruscas mudanças climáticas, o estudo mostrou que quase a metade dos climas conhecidos hoje no planeta estariam perto de desaparecer, sendo substituídos, entre 12% e 39% da superfície do globo, por condições nunca antes vistas pelos organismos vivos. Como as mudanças aconteceriam de forma brutal, os ecossistemas não conseguiriam se adaptar.
Mudanças sempre aconteceram no planeta. O que diferenciaria a situação atual, no entanto, é que elas não estariam ocorrendo por catástrofes naturais, como a alteração da composição do oceano e da intensidade do Sol, e sim pela pressão dos mais de sete bilhões de habitantes, que chegarão a nove bilhões em 2050.
“Na época em que o planeta passou do período glacial para o atual, interglacial, mudanças biológicas das mais extremas apareceram em apenas mil anos. Na escala da Terra, é como passar do estado de bebê à idade adulta em menos de um ano. O problema é que o planeta está mudando ainda mais rápido agora, explica Arne Moers, co-autora do estudo e professora de biodiversidade na Universidade Simon Fraser de Vancouver. A pesquisadora continua: “O planeta não possui a memória de seu estado precedente. Tomamos um risco enorme ao modificar o equilíbrio radioativo da Terra: mudar brutalmente um sistema climático para um novo estado de equilíbrio no qual os ecossistemas e nossas sociedades serão incapazes de se adaptar. (…) O próximo passo poderá ser extremamente destruidor para o planeta. Uma vez que o limite crítico for ultrapassado, será impossível voltar atrás”.
De acordo com o estudo, este limite corresponderia à utilização de 50% dos recursos terrestres. O problema é que, hoje, os humanos já usam 43% dos ecossistemas. Um terço da água doce disponível é utilizada pelo homem. A taxa de extinção das espécies chegou a índices jamais alcançados durante a evolução humana, de dez a cem vezes o ritmo natural de extinção constatado pelos cientistas em um período de 500 milhões de anos.
Anthony Barnosky, paleobiologista na Universidade da Califórnia em Berkeley, descreveu: “Diante desses elementos, podemos afirmar que um colapso é plausível já no próximo século”, assegurando que ainda há incertezas, ou seja, trata-se de saber agora se esta mudança planetária é inevitável e em quanto tempo ela acontecerá.
* Publicado originalmente no jornal Le Monde e retirado do site Opinião e Notícia.
Anthony Barnosky, paleobiologista na Universidade da Califórnia em Berkeley, descreveu: “Diante desses elementos, podemos afirmar que um colapso é plausível já no próximo século”, assegurando que ainda há incertezas, ou seja, trata-se de saber agora se esta mudança planetária é inevitável e em quanto tempo ela acontecerá.
* Publicado originalmente no jornal Le Monde e retirado do site Opinião e Notícia.
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