O mascote que representa o Brasil, reforça a visibilidade dos biomas da caatinga e do cerrado, incentivando a preservação desse animal no nosso Meio Ambiente
A copa de 2014 já tem um novo mascote, o tatu-bola, uma das espécies ameaçadas de extinção. A escolha foi feita pelo motivo dele ser uma espécie tipicamente brasileira, representando a nossa fauna. Seu habitat é a Caatinga e o cerrado. Essa é a única espécie capaz de se enrolar dentro de sua carapuça formando uma bola, ao sentir-se ameaçado ou tocado. Apesar de tudo, devemos conhecer melhor esse bichinho para entender o que está acontecendo com esse animal, que faz parte do Livro Vermelho da fauna brasileira, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e realizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
De acordo com o Livro, esse tipo de tatu é pouco conhecido e de menor tamanho, além de ser uma espécie de mamífero endêmica no Brasil, ou seja, sua reprodução acontece apenas em determinadas regiões, o que impede sua disseminação pelos outros territórios brasileiros. Seu habitat está limitado no cerrado e na caatinga. Em estados como Sergipe, Ceará e Pernambuco, o tatu-bola está praticamente extinto.
Outro fator importante que devemos destacar é a facilidade da caça ilegal, que faz com que o "bolinha", como ele é chamado, desapareça gradativamente, pois este é um animal que não consegue cavar buracos, o que dificulta ainda mais sua auto-defesa. Além disso, a reprodução escassa, aumenta os efeitos dessa prática ilegal, pois uma fêmea pode ser acompanhada por mais de um macho, e na época do acasalamento eles podem se encontrar em grupos e, quando se reproduzem nasce apenas um filhote. Raramente nascem dois bolinhas, o que facilita ainda mais a prática ilegal da caça. A destruição do habitat natural é um outro problema comum, já que o cerrado está sendo progressivamente devastado devido a produção de soja e cana-de-açúcar e a caatinga, assim como o pantanal, tem o processo de ocupação dificultado pela dinâmica peculiar de seus ciclos hidrológicos, contribuindo para a modificação de sua paisagem.
Para ajudar na preservação da espécie, se faz necessário gerar uma consciência ambiental, criando projetos de Educação Ambiental, voltados não só para as crianças, mas também para as pessoas que vivem em regiões onde ainda é possível encontrar o tatu-bola, fazendo com que diminua a caça ilegal dessa espécie. Ao criar Unidades de Conservação podemos preservar os habitats naturais, sem afetar as atividades de agricultura nessas regiões, como foi mencionado acima sobre a soja e a cana. Isso vai trazer o equilíbrio entre o desfruto e o cuidado com o ambiente, fazendo com que não aconteça com outras espécies o que está acontecendo com o tatu-bola.
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